Formiga fantasma Este é um grupo de operárias pequenas. Geralmente, fazem trilhas irregulares, andam em ziguezague e preferem alimentos adocicados. Seus ninhos são feitos dentro e fora das residências, atrás de azulejos, batentes e rodapés. Além disso, não se fixam em um lugar por muito tempo. | |
Formiga-louca Urbana O nome “louca” é devido ao andar irregular dessa espécie, quase em semicírculos. Possuem antenas longas, um tipo de “nó” na cintura e uma cor variada que vai do marrom escuro ao preto. Costumam fazer seus ninhos fora e dentro de prédios, atrás de pedras usadas em revestimentos de paredes e atrás de janelas. | |
Formiga Argentina Urbana Esta espécie tem maior ocorrência nos estados da região sul do Brasil. Nos países de clima temperado são muito comuns dentro das residências e hospitais. São do mesmo tamanho, apresentam um nó na cintura e sua cor varia do marrom claro ao marrom escuro. Geralmente fazem ninhos perto de fontes de alimentos e de água, como vasos de plantas, pias e encanamentos, além disso, dão preferência a alimentos adocicados. | |
Formiga Faraó Possuí dois nós na cintura e antenas com 12 seguimentos. Suas cores vão do amarelado ao marrom claro. Fazem ninhos em pequenas cavidades somente em ambientes domésticos e preferem alimentos ricos em gorduras e substâncias doces. Além disso, representam um risco potencial para a saúde pública, especialmente quando ocorrem em hospitais, pois são vetores mecânicos de bactérias que possibilitam infecções, podendo também infestar berçários. Podem infestar aparelhos eletrônicos. É considerada uma das espécies mais difíceis de serem controladas, pois é altamente dominante sobre outras espécies e a colônia tem crescimento rápido. | |
Formiga-do-fogo ou Pixixica As operárias são pequenas e de cor marrom claro dourado. Geralmente constroem ninhos no solo ou na parte interior ou sob a casca das árvores. Sua picada é muito dolorosa e o veneno pode causar alergias. São atraídas por carne e óleo e podem infestar roupas, camas e berços. Podem ser combatidas com aplicação de inseticidas diretamente no ninho. | |
Formigas acrobáticas As operárias são do mesmo tamanho e sua coloração varia desde o amarelo ao marrom escuro. São lentas e geralmente andam em formato de trilhas retas. Podem fazer ninhos em edifícios, no interior ou exterior de madeiras. Alimentam-se de doces, manteiga e carnes. Quando se sentem ameaçadas, levantam o gáster (cauda) eliminando uma substância química. | |
Formigas Carpinteiras Existem mais de duzentas espécies desse gênero, originárias em diferentes regiões. Podem apresentar operárias de vários tamanhos e um colorido do amarelo ao preto. Podem construir ninhos tanto fora (no solo e árvores) como dentro de casa (móveis, portas, paredes e batentes de janela. Sua alimentação é, de preferência, adocicada, podendo ser até de carne e ovos. Algumas espécies tem hábitos noturnos. | |
Formiga lava-pé | |
Formiga cabeçuda | |
Formiga Saúva | |
Formiga Quenquém As quenquém operárias possuem 4 a 5 pares de espinhos dorsais e seu tamanho pode variar entre 8 e 10 milímetros de comprimento. Algumas espécies fazem o ninho superficialmente coberto de palha, fragmentos e resíduos vegetais. Já outras, preferem fazer o ninho subterrâneo. Cortam principalmente florestas cultivadas de eucaliptos e de pinus, além de citrus, para produzirem fungos. |
BUSCAPÉ
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Acidentes com formigas lava-pés Quem nunca já ouviu falar de um acidente no qual uma criança descuidada chutou um formigueiro? Acidentes como esses não são tão raros como se pensa e ocorrem com certa freqüência. Nesses casos, a principal espécie de formigas envolvida é a formiga lava-pé. Também conhecida como formiga-de-fogo, doceira, formiga-brasa, jiquitaia, formiga-malagueta, masseró ou taciba, as formigas lava-pés pertencem ao gênero Solenopsis sp. (Figura 3). Esta constrói um formigueiro achatado, o qual possui várias aberturas. Nos EUA, estas são causa de sérias preocupações, pois entraram lá por volta de 1950 e, atualmente, dominam todo o sul do país. | ||||
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As lava-pés são altamente agressivas. Ao menor contato, saem às centenas e rapidamente. Como ela ataca? Primeiramente ela se prende com a mandíbula na pele do indivíduo. Em seguida, curva seu corpo de modo que a ponta do gáster, que contém um aguilhão com glândula de veneno, toque a pele. Se não retirada, em pouco tempo a formiga pode picar até 12 vezes. Instantaneamente forma-se uma pápula rósa no local da picada. Cerca de 24 horas depois surge uma pústula estéril, que cura em 3 a 8 dias. Picadas em grande número podem originar infecções secundárias, com abscessos e mesmo necrose de extremidades por causa da infecção. Estudos clínicos mais aprofundados já demonstraram inclusive urticárias, sensação de opressão toráxica, náuseas e vômitos e choque anafilático. Que veneno poderoso! Isso mesmo, o veneno das formigas lava-pes é consituído por alcalóides oleosos, sendo a Solenopsina A a substância mais importante. Esta substância é altamente citotóxica e capaz de destruir células da epiderme e atrair células do sistema imunológico ao local, causando a pústula. Algumas pessoas têm alergia a uma pequena parte do veneno que é protéica. O que fazer se for picado? Simples: corra ao pronto-socorro. Lá será medicado com anti-histamínico, corticóides tópicos, e, talvez, em acidentes maciços, corticóides sistêmicos. Evite sempre a auto-medicação. | ||||
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
O controle de formigas domésticas é difícil. Uma solução caseira para o problema da formiga doméstica é injetar, com auxílio de uma seringa, uma solução 1:1 de água com detergente de lavar-louças dentro das frestas de azulejos e batentes de portas por onde saem as formigas. Esta metodologia deve ser utilizada sempre que as formigas são observadas, mas nem sempre surte o efeito desejado.
Empresas especializadas podem fazer uso de inseticidas com aparelhos de aerosol. Neste tipo de controle, o ninho deve ser localizado e furos devem ser feitos na parede ou estrutura de madeira acima e abaixo deste. O inseticida é então aplicado. Quando os ninhos estão localizados dentro de conduítes de eletricidade, inseticidas formulados em pós secos podem ser utilizados. Porém, sabe-se que a aplicação de substâncias químicas provoca a fragmentação das colônias. Desta forma não é garantido o sucesso do controle.
A utilização de inseticidas em spray para o controle de formigas não é eficaz, pois fragmenta as colônias.
A forma mais eficaz de se controlar uma infestação por formigas domésticas é a utilização de iscas tóxicas. A isca ideal deve ser atrativa para um grande número de espécies, não agir por contato, possuir ação lenta e ter baixa toxicidade a mamíferos.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Formigas carnívoras e outras curiosidades sobre as formigas
Uma formiga-carnívora do tamanho de um palito de fósforo é a novidade da Casa do Sangue Frio no Zoológico de São Paulo. Lá estão instaladas duas colônias das superformigas Dinoponera gigantea e Dinoponera australis. Conhecida como tocandira ou formiga-carnívora-gigante, ela é preta e tem um potente ferrão que injeta um líquido mortal em suas presas. As vítimas são baratas, besouros e até pequenos lagartos.
As duas espécies são brasileiras e são consideradas as maiores formigas-operárias do mundo. Formigas-operárias são as que só trabalham em benefício do formigueiro, estão sempre em atividade e jamais se reproduzem.
O grupo de Dinoponera gigantea (que tem mais de 3 cm) veio do Maranhão - onde vive - para ser estudado por biólogos no Museu de Zoologia de São Paulo. O grupo de D. australis (pouco menor do que a maranhense) foi coletado no interior de São Paulo.
De acordo com o biólogo Carlos Roberto Brandão, do Museu de Zoologia, as formigas-gigantes só atacam quando incomodadas. Porém, seu veneno é mortal para animais de pequeno porte (a picada de uma delas pode matar um rato). Algumas vezes, esse veneno pode ser fatal para o homem também. "Se a pessoa que foi picada é alérgica, ela poderá até morrer. Outras podem nem sentir a picada", explica o biólogo.
Ao contrário das outras espécies de formigas - que apresentam uma ou mais rainhas, dependendo da espécie -, o grupo de superformigas não tem rainha. A mãe de todas é uma operária escolhida numa disputa entre elas.
Outra curiosidade: o seu ninho é escavado (enquanto da maioria é construído sobre a superfície) a dois metros de profundidade do solo, se abrindo numa espécie de fenda no chão. Da fenda se inicia um buraco que lembra um túnel em formato espiral, de onde saem as câmaras (espécie de salas, onde elas vivem e trabalham).
No lugar da rainha, as formigas-gigantes têm uma operária dominante que é a mãe dos futuros filhotes. A escolha é feita numa disputa elegante, sem mortes. Uma vai lutando com a outra, até sair a vencedora. As lutas podem durar dias com pausas para descanso.
Feita a escolha, e o macho estando no formigueiro, ocorre a fecundação. Aliás, o papel do macho é fecundar a fêmea. Ele só aparece na hora de namorar. Depois de fecundada uma única vez, a dominante pode ter filhotes pelo resto da vida. Os filhotes passam por várias fases (ovo, larva, pulpa) até atingir a fase adulta. Depois, vivem cerca de um ano.
Por mais que as formigas incomodem, a natureza precisa delas. As formigas representam a maior população de insetos do planeta. Calcula-se que existam 18 mil espécies, das quais 3 mil vivem no Brasil. Mas pra que tanto?
O mundo sem as formigas poderia virar um caos! Muitos ecossistemas seriam prejudicados e algumas espécies deixariam de existir. O tamanduá seria o primeiro a sumir porque se alimenta delas. As árvores também sofreriam. Elas fornecem néctar às formigas, que, em troca, espantam os predadores, protegendo-as.
Como as minhocas, as formigas também movimentam a terra na hora de fazer os ninhos e a tornam rica em matéria orgânica, deixando-a fértil para o plantio. As formigas ainda ajudam a espalhar sementes garantindo a reprodução de algumas plantas e a controlar a população de muitos insetos.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
As formigas domésticas são tão ou mais perigosas para a saúde como as baratas. O problema é cultural: elas não causam o mesmo asco e temor, porque são pequenas e não têm aspecto nojento. No entanto, elas têm a mesma capacidade de contaminar alimentos e ambientes com agentes patogênicos que as baratas e são ainda mais difíceis de serem eliminadas.
“As formigas passam por lugares contaminados, como lixo e esgoto. Por isso são vetores mecânicos de organismos patogênicos encontrados nesses locais, que podem acarretar doenças diversas, principalmente as relacionadas com problemas gastrointestinais, como diarréia e vômito”, explica Sérgio Bocalini, diretor executivo da Associação Paulista dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (APRAG). A entidade está desenvolvendo um trabalho de esclarecimento sobre as infestações de formigas com o objetivo de alertar os consumidores. “Se uma pessoa vê uma barata em um bolo, ela vai jogar fora o alimento e vai procurar descobrir se há uma infestação. Já se encontrar um bolo cheio de formiga, em geral, apenas tira o inseto ou corta a parte onde ele estava e não se preocupa com o risco de contaminação nem de infestação. É uma questão cultural”, ressalta o especialista. Segundo ele, trata-se de um problema real em residências, restaurantes e lanchonetes, e ainda mais grave em hospitais e clínicas.
domingo, 17 de abril de 2011
Como é a vida das formigas? Como elas conseguem ter uma organização interindividual tão complexa? Como a vida do homem e das formigas se cruzam? Para responder a essas e a outras perguntas leia este texto e descubra que a mirmecologia (ciência que estuda as formigas) é muito mais interessante do que você sempre pensou!
Diversidade e importância ecológica
Atualmente são conhecidas cerca de 12.000 espécies de formigas. Destas, 2.000 vivem no Brasil. As formigas conseguem habitar vários locais do globo: desde as mais cobertas e naturais florestas tropicais até os mais limpinhos e asseados armários da casa do(a) leitor(a). O que difere é o grau de diversidade (número de espécies na área). Na Amazônia, por exemplo, em uma única árvore foram encontradas 43 espécies distintas e em um hectare de solo há mais de oito milhões de formigas. Contudo, há somente algumas dezenas de formigas residenciais.
As formigas representam cerca de 10 a 25% da biomassa animal do planeta. Esse fato faz delas um verdadeiro “concentrador” de energia, além de serem fundamentais para a reciclagem de nutrientes. Contribuem para a aeração do solo, além de serem agentes polinizadores (transportam pólen de uma flor para outra, possibilitanto a formação de sementes) e dispersores de sementes (transportam as sementes de um lugar para outro, possibilitando a germinação das plantas em diferentes regiões).
Por terem hábitos alimentares diversificados (carnívoras, herbívoras ou onívoras), as formigas desempenham papel importante na cadeia alimentar. Em geral a competição é algo muito comum entre as formigas e por isso muitas vezes o arqui-inimigo de uma formiga não é nada mais, nada menos, do que outra formiga.
quarta-feira, 2 de março de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Formigas - Cuidados e Dicas
Existem dois tipos de formigários feitos no Brasil; os com rainha ou sem rainha. A colônia sem rainha dura de seis meses a um ano, o tempo de vida das operárias, e a com rainha pode chegar a durar até vinte anos.
As saúvas se alimentam de um fungo que cresce nas folhas. Elas carregam os pedaços de vegetal até as profundezas de sua colônia e soltam uma substância nas folhas para que o fungo cresça. O próprio material de construção dos formigueiros, que parece terra endurecida, nada mais é que folhas endurecidas depois de transformadas em fungos.
Os formigários nacionais possuem três compartimentos separados, um para armazenar as folhas, outro onde as formigas constroem a colônia propriamente dita e uma terceira onde jogam os seus restos.
Como alimentação, basta colocar cerca de cinco folhas de árvores frutíferas (ou de qualquer outra que não solte “leite”) e repô-las conforme vão sendo consumidas. Uma dica interessante é que o usuário pode até mesmo controlar a cor do formigueiro com as folhas que fornece. Folhas vermelhas ou verdes fazem o abrigo ficar escuro e folhas amarelas o deixam mais claro.
É preciso fazer um “fosso” de segurança para impedir que as pequenas exploradoras não resolvam tentar desbravar a casa do dono, pois é muito difícil mantê-las no formigário. Essa faixa de segurança pode tanto ser uma barreira de água em volta do vidro, tal qual um castelo, ou passando produtos especiais que impeçam a movimentação das pequenas.
A picada das Saúvas não é venenosa, mas pode doer muito. Portanto, além de ter bastante cuidado ao mexer no formigário, é uma boa idéia usar luvas grossas de borracha.